sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Guia da Taça Libertadores da America 2008


Parte 2
Grupo 6:

Santos:Semifinalista em 2007 e presente em quatro das últimas cinco edições sempre como um dos favoritos, o Santos entra na Libertadores 2008 sob ameaça de crise e com um time que desperta desconfiança. A saída de Vanderlei Luxemburgo, Maldonado, Pedrinho e Marcos Aurélio no fim de 2007 desmontou o time vice-campeão brasileiro.

Com a chegada de Leão, a aposta passou a ser nos garotos da base, como Alemão, Carleto e Thiago Luís, que ainda não renderam bem. Os maus resultados no Paulistão fizeram a diretoria contratar estrangeiros desconhecidos, como o equatoriano Quiñonez e o argentino Trípodi, e outros nem tanto, como o colombiano Mauricio Molina. Mas nenhum deles estreou e ninguém sabe se poderão ser titulares

Time-base

Fábio Costa, Domingos, Betão e Adaílton; Denis, Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto, Rodrigo Tabata e Kléber; Tiago Luís e Kléber Pereira. Técnico: Emerson Leão.


Opinião de especialista

"O Santos é o time mais fraco entre os cinco brasileiros que disputam a Taça Libertadores deste ano. Não tem peças de reposição e conta com muitos garotos e poucos jogadores experientes. Isto é, escolheu o pior tipo de campeonato para fazer experiência. Além disso, o Santos sofre da "síndrome de terra arrasada" que o técnico Vanderlei Luxemburgo sempre causa quando sai de algum clube. Ele rompeu com o Peixe e fez com que vários atletas também saíssem. Deixou o Alvinegro Praiano no osso, embora seja um dos melhores treinadores do país. Para complicar, o Leão é inferior ao Luxemburgo como técnico e é um sujeito complicado no relacionamento com os jogadores."
Marcelo Barreto, comentarista do SporTV


Chivas Guadalajara (México)

Até a semifinal. No mínimo...

Propriedade de Carlos Vergara, um dos homens mais ricos do México, o Chivas quer ficar entre os quatro primeiros da Libertadores e tem um time forte para alcançar e até mesmo superar a meta. Do time-base, apenas o zagueiro Hector Reynoso nunca defendeu a seleção local.

O maior empecilho pode ser a disputa simultânea da liga local. Os clubes do México sempre dão preferência à Liga e não será surpresa se o Chivas repetir o que o Necaxa fez em 2007: jogar as quartas-de-final com um time reserva e acabar eliminado.

Time-base

Michel, Rodríguez, Reynoso e Magallón; Báez, Araújo, Ávila, Ramón Morales e Santana; Omar Bravo e Medina. Técnico: Efrain Flores.

Cúcuta Deportivo (Colômbia):Uma das surpresas em 2007, eliminado apenas na semifinal contra o Boca Juniors, o Cúcuta chega ao torneio de 2008 mais fraco. O técnico Jorge Luis Bernal saiu descontente com a falta de contratações e deu lugar a Pedro Sarmiento, campeão colombiano com o Independiente Medellín em 2004 e com o Deportivo Cali em 2005.

Opinião de especialista "O técnico Pedro Sarmiento chegou no início de fevereiro, mas por enquanto mantém o estilo deixado por Jorge Luis Bernal, comandante na campanha de 2007. Conforme a Libertadores for avançando, ele fará mudanças. Por enquanto, escala o time no 4-4-2. Quando comandava o Independiente Santa Fé (Bogotá), jogava no 3-5-2, com duas linhas de bem definidas no meio. O grande destaque é o boliviano Diego Cabrera, vice-artilheiro do torneio Finalización de 2007

San José (Bolívia): De volta à Libertadores após 12 anos, o San José tem na altitude de 3.700m de Oruro o seu maior trunfo para tentar passar da primeira fase. O cérebro da equipe é o meia-esquerda brasileiro Alex da Rosa , que, além de criar a maioria das jogadas de ataque, também costuma balançar a rede. Além dele, o time boliviano conta com outro brasileiro: o volante Sandro Coelho.

Opinião de especialista "É um time muito forte quando joga em casa, na altitude de 3.700m de Oruro. Contratou o habilidoso meia Darwin Peña, que se destacou no Real Potosí no ano passado. Mas não começou bem a temporada e foi eliminado do Torneio de Verão pelo La Paz. Por isso, tenho dúvidas quanto às possibilidades de o San José passar da primeira fase.

GRUPO 7:
São Paulo
O grande favorito O Tricolor Paulista entra, mais uma vez, como um dos favoritos ao título da Taça Libertadores. Tricampeão em 1991, 1992 e 2005, o time do Morumbi aposta principalmente na força e no nome do atacante Adriano, grande reforço para a temporada.

O clube contratou ainda o volante Fábio Santos, o meia Carlos Alberto, o zagueiro Juninho e o lateral-direito Joilson. Além disso, conta com uma equipe treinada pelo exigente Muricy Ramalho, que tem escalado o time quase sempre no 4-4-2.

Time-base

Rogério Ceni, Joilson, Miranda, André Dias e Júnior; Hernanes, Richarlyson, Fábio Santos e Jorge Wagner; Dagoberto e Adriano. Técnico: Muricy Ramalho.

Opinião de especialista

"O São Paulo tem pouco tempo para entrar na forma ideal e precisa recuperar o Adriano e o Carlos Alberto antes de começar a Libertadores. Por contar com uma estrutura invejável, é possível que consiga otimizar as atuações destes dois jogadores. O Tricolor não faz campanha excepcional no Paulistão, mas também não desperdiçou pontos. O Joílson ainda não rendeu o que todos esperam dele, e o Richarlyson vem sendo improvisado na lateral esquerda. Muricy Ramalho diz que as mudanças constantes servem para confundir os adversários e que a troca de posições é proposital, mas o São Paulo tem um elenco enxuto. Não é como o Flamengo, que também chega forte na Libertadores e tem mais peças de reposição."
Marcelo Barreto, apresentador e comentarista do SporTV

Nacional de Medellín (Colômbia): Tradição e toque de bola Atual bicampeão colombiano , o Nacional entra como a segunda força do grupo, atrás apenas do São Paulo. O clube manda seus jogos no estádio Atanasio Girardot de Medellín, tem muita tradição e é a base da seleção nacional, com jogadores como Ospina, Zúñiga, Moreno, Mendoza e Vélez.

Até agora foram 13 participações em Libertadores, com um título, em 1989. Os principais reforços para a temporada foram o atacante paraguaio Villagra e o zagueiro Moreno (ex-Cúcuta Deportivo).

Opinião de especialista

"O Nacional tem como principal característica em toda sua história o futebol ofensivo e o bom toque de bola, com uma saída rápida ao ataque com seus dois laterais. Entre todos os times colombianos é aquele que mais se aproxima do estilo do futebol brasileiro." Jaime Herrera Correa, redator esportivo do jornal El Colombiano

Sportivo Luqueño (Paraguai




:Retorno sem estilo O Sportivo Luqueño volta a disputar a Libertadores depois de 23 anos. No entanto, o retorno tem tudo para ser decepcionante para os torcedores. O campeão do Apertura, no primeiro semestre de 2007, perdeu vários jogadores e se enfraqueceu muito - a ponto de ter ficado em décimo lugar no Clausura, no segundo semestre.


Audax Italiano (Chile):O sucesso está nos pés de Villanueva

No ano passado, o meia Carlos Villanueva foi o destaque não apenas do Audax Italiano, mas do futebol chileno. Foi considerado o sucessor de Valdivia e, claro, recebeu muitas propostas. O Real Sociedad quis pagar R$ 5 milhões. O CSKA aumentou o valor para R$ 9 milhões. Segundo a imprensa, chegaram ofertas também de Real Madrid e Atlético de Madri.

Mas o Audax não liberou o jogador, que deixou clara a sua insatisfação.

Time-base

Villasanti, Rieloff, Roco, Garrido e Santis; Braulio Leal, Broli, Romero e Villanueva; Orellana e Renato Ramos. Técnico: Raúl Toro.


GRUPO 8

Fluminense:Renato Gaúcho aposta no trio de ouro

A Libertadores é a verdadeira obsessão do torcedor tricolor, que viu Flamengo e Vasco conquistarem o título em 1981 e 1998, respectivamente. Além de ter a chance de se igualar aos rivais, estão em jogo 23 anos de espera.

A conquista do título inédito é grande objetivo da temporada. O clube investiu pesado e trouxe seis reforços. Para o meio-campo, chegaram o volante Ygor (Start, da Noruega) e o meia Dario Conca (Vasco). Na lateral esquerda, a contratação foi Gustavo Nery (ex-Corinthians). Entretanto, é no ataque que está o grande trunfo do técnico Renato Gaúcho, com Dodô (ex-Botafogo), Washington (que chegou do japonês Urawa Reds) e Leandro Amaral (que trocou o Vasco pelas Laranjeiras).


Time-base

Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor, Arouca e Thiago Neves; Dodô, Leandro Amaral e Washington. Técnico: Renato Gaúcho.

Opinião de especialista

“O Fluminense tem bons jogadores e deve passar da primeira fase, mas ainda não me inspira confiança. Escalar três atacantes parece não ser a melhor forma para chegar às vitórias. Eu deixaria o Dodô no banco de reservas e atuaria com Arouca, Cícero, Ygor e Thiago Neves no meio-campo. Lá trás, prefiro o Roger como terceiro zagueiro. O Tricolor precisa ir bem na estréia, contra o LDU. Se tropeçar, a pressão vai ser muito grande. No ano passado, o Internacional perdeu para o Nacional em Montevidéu e não conseguiu se recuperar. Acho que a hora do Renato Gaúcho testar o time é agora, nos “coletivos” do Carioca. No entanto, poderá ficar tarde demais para dar uma cara ao Fluminense a fim de ganhar a Libertadores.”
Lédio Carmona, comentarista do SporTV


Libertad(Paraguai):Meta é ir mais longe do que em 2007

O Libertad é atualmente o bicampeão do Paraguai. Pode não parecer muito, mas na última Libertadores o time já mostrou que tem potencial. Ficou à frente do América do México na primeira fase, eliminou o Paraná nas oitavas e em seguida caiu diante do Boca Juniors, que seria o campeão.

Opinião de especialista

"O Libertad manteve a base do ano passado, que tem cinco jogadores na seleção paraguaia. E ainda contratou o atacante Cuevas, que não deverá ser titular, pois a visão que se tem é de que ele rende mais quando entra no segundo tempo. É um time ofensivo e compacto em todos os seus setores. O ponto fraco está no gol, já que o uruguaio Bava se transferiu para o Atlas, e o clube não se reforçou."
Silverio Rojas, do jornal "ABC Color"

Arsenal (Argentina): Vovô comanda o franco-atirador

O Arsenal não tem a tradição de River Plate ou Boca Juniors, nem o dinheiro do San Lorenzo para grandes contratações, nem a boa fase do Lanús, atual campeão argentino. Tampouco entra tão desacreditado na competição quanto o Estudiantes. Sobra para o time de Sarandí a condição de franco-atirador entre o sexteto argentino.


Opinião de especialista ;"O Arsenal não tem experiência na Libertadores, mas também não tinha na Sul-Americana de 2007, quando foi campeão passando por San Lorenzo, Chivas, River Plate e América do México. A base foi mantida e ganhou reforços pouco conhecidos mas úteis, como Leguizamón, ex-Gimnasia.

LDU (Equador):Reforçado e pronto para crescer

O LDU é o atual campeão do Equador e, assim como no ano passado, não deu muita sorte no sorteio da Libertadores. Em 2007, a chave tinha River Plate-ARG, Colo Colo-CHI e Caracas-VEN. A equipe de Quito sequer passou da primeira fase.

Para ir mais longe, o LDU apresenta uma equipe reformulada em relação a 2007.

Opinião de especialista

A Liga (LDU) é muito forte quando joga em Quito e também tem um bom time. Por isso, acho que pode garantir sua classificação como primeiro colocado conquistando três vitórias em casa e um ou dois empates fora. Além disso, há a altitude, que sempre joga a nosso favor em nosso estádio (Casa Blanca)."
Guido Manolo, do jornal "El Universo"

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